11º Capitulo
Margo's
POV (again)
Foi a pior sensação do mundo ver Agatha daquele jeito. Ela estava em prantos, mas o que eu podia fazer? Ela escondeu de mim, e por mais que agora eu precisasse do abraco dela, eu me nego a receber seu abraço, agora não há nada no mundo que me faça aceita-la novamente. Talvez amanhã ou depois. Mas agora não.
Posso ouvir Luke gritando, e penso o que pode estar acontecendo lá fora. Olho pra minha mãe como se pedindo permissão para sair e imagino ela me dizendo "Tudo bem filha. Pode ir lá." Sussurro pra ela: "Não saia daqui, eu ja volto" e as lagrimas voltam ao meu rosto quando lembro que ela não pode sequer ouvir minhas palavras. Dou um beijo e sua testa e saio para encontrar Luke com o dedo na cara de uma enfermeira
-VOCÊ NÃO PODE DIZER O QUE EU DEVO OU NÃO FAZER. Mas por favor. Eu preciso ver ela. -agora seus braços estavam nos ombros da enfermeira e seu olhar era de suplica.- Por favor!
-Meu jovem, eu não posso fazer nada. Ela não quer sair de perto da mãe e não quer... -Os olhos de Luke encontram os meus e isso me levou de volta a primeira vez que o vi, aquele dia ele estava com olhos maliciosos e curiosos. Hoje seus olhos de lobo estampam dor. E eu não entendo porque. Quem ta sofrendo com a mãe no hospital sou eu.
Ele vem até onde estou e me aconchego em seus braços. Até lembrar que ele não tem direito de me abraçar e sofrer comigo.
-PARA. PARA. -soltei-me do abraço depressa- Não quero seu consolo. Não quero. Eu já disse. Eu quero saber o seu nome.
-Margo! Por favor. Olha pra mim. Isso não é motivo pra você se irritar agora.
-Tudo é motivo pra me irritar Luke! Você não percebe? Olha o estado da minha mãe! Minha melhor amiga me escondeu isso Luke! Você ainda acha que eu não posso me irritar com o que eu quiser?
-Margo... -olhei pra porta e esqueci que Luke estava comigo, esqueci que ele acabara de me chamar e só vi Agatha se encaminhando em minha direção. Mas só vi isso mesmo. Depois não sei de mais nada. Só senti alguém se esforçando pra me levar para algum lugar e perdi totalmente os sentidos.
Não sei por quanto tempo fiquei desacordada, e pouco me interessa. Sei só que eu queria continuar dormindo porque encontrei minha mãe saudável, sorridente e vaidosa como sempre. Tão linda abraçada ao meu pai. Meu pai alto e charmoso... Mas eu acordei. Acordei e encontrei minha mãe na sua cama, pálida, sem nenhum sinal da mulher que eu havia sonhado. Sem meu pai. E doeu. Doeu muito porque eu sabia, que a chance de passar o primeiro natal sem meus pais eram bem grandes.
Foi a pior sensação do mundo ver Agatha daquele jeito. Ela estava em prantos, mas o que eu podia fazer? Ela escondeu de mim, e por mais que agora eu precisasse do abraco dela, eu me nego a receber seu abraço, agora não há nada no mundo que me faça aceita-la novamente. Talvez amanhã ou depois. Mas agora não.
Posso ouvir Luke gritando, e penso o que pode estar acontecendo lá fora. Olho pra minha mãe como se pedindo permissão para sair e imagino ela me dizendo "Tudo bem filha. Pode ir lá." Sussurro pra ela: "Não saia daqui, eu ja volto" e as lagrimas voltam ao meu rosto quando lembro que ela não pode sequer ouvir minhas palavras. Dou um beijo e sua testa e saio para encontrar Luke com o dedo na cara de uma enfermeira
-VOCÊ NÃO PODE DIZER O QUE EU DEVO OU NÃO FAZER. Mas por favor. Eu preciso ver ela. -agora seus braços estavam nos ombros da enfermeira e seu olhar era de suplica.- Por favor!
-Meu jovem, eu não posso fazer nada. Ela não quer sair de perto da mãe e não quer... -Os olhos de Luke encontram os meus e isso me levou de volta a primeira vez que o vi, aquele dia ele estava com olhos maliciosos e curiosos. Hoje seus olhos de lobo estampam dor. E eu não entendo porque. Quem ta sofrendo com a mãe no hospital sou eu.
Ele vem até onde estou e me aconchego em seus braços. Até lembrar que ele não tem direito de me abraçar e sofrer comigo.
-PARA. PARA. -soltei-me do abraço depressa- Não quero seu consolo. Não quero. Eu já disse. Eu quero saber o seu nome.
-Margo! Por favor. Olha pra mim. Isso não é motivo pra você se irritar agora.
-Tudo é motivo pra me irritar Luke! Você não percebe? Olha o estado da minha mãe! Minha melhor amiga me escondeu isso Luke! Você ainda acha que eu não posso me irritar com o que eu quiser?
-Margo... -olhei pra porta e esqueci que Luke estava comigo, esqueci que ele acabara de me chamar e só vi Agatha se encaminhando em minha direção. Mas só vi isso mesmo. Depois não sei de mais nada. Só senti alguém se esforçando pra me levar para algum lugar e perdi totalmente os sentidos.
Não sei por quanto tempo fiquei desacordada, e pouco me interessa. Sei só que eu queria continuar dormindo porque encontrei minha mãe saudável, sorridente e vaidosa como sempre. Tão linda abraçada ao meu pai. Meu pai alto e charmoso... Mas eu acordei. Acordei e encontrei minha mãe na sua cama, pálida, sem nenhum sinal da mulher que eu havia sonhado. Sem meu pai. E doeu. Doeu muito porque eu sabia, que a chance de passar o primeiro natal sem meus pais eram bem grandes.
Me encostei na janela
imersa em pensamentos. O sol estava brilhando forte, então olhei para o relógio
na parede onde marcava 15h45.
Eu queria ficar ali
com minha mãe o tempo todo, mas só me restavam 15 minutos. Eles não me
deixariam ficar ali por mais tempo. Fui me despedir dela.
-Mamãe, eu tenho que
ir embora agora. Eu não quero ir. Quero ficar com você, mas eu não posso. Não
vão me deixar ficar aqui. E eu tenho que fazer lição e arrumar a casa e fazer
comida, porque logo você vai voltar pra casa. –uma lágrima rolou de meu rosto e
pingou no lençol deixando uma mancha molhada onde pingara- Eu sei que você vai
voltar logo. Eu te amo! Até amanhã.
Voltei pra casa com um
maço de cigarros e muitos litros de lágrimas pra por pra fora.
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